Brincando de ser feliz

Artigo "Brincando de Ser Feliz", por Jussara Hadadd

Artigo "Brincando de Ser Feliz", por Jussara Hadadd

Fantástica essa era moderna onde tudo é possível e toda a imaginação é potencializada e toda experiência é apreciada e aproveitada.

Bendita era, onde os sagazes se realizam perante a facilidade em encontrar alternativas para driblar desde a falta de dinheiro até a falta de amor e de sexo.

Maravilhosa a indústria do sexo que oferece produtos de todos os tipos facilitando o acesso ao prazer a quem até bem pouco tempo pensava que iria morrer à míngua.

Nesta categoria, podemos citar as pessoas que se acham feias e indesejáveis, os tarados de plantão, os reprimidos, os medrosos, e os fingidos.

As lojas não se restringem aos espaços físicos e pela internet, é possível comprar qualquer objeto de prazer, qualquer brinquedo que eleve a um nível bem próximo da realidade, qualquer tipo de fantasia sexual.

Fazer sexo sozinho e com qualidade, agora virou algo perfeitamente realizável.

Ficou para trás a famosa dor de cabeça feminina. Os homens encontram bonecas infláveis com orifícios penetráveis para atender a qualquer preferência. Sexo anal, vaginal e oral, com perfume, lubrificação, vibração, sons e gemidos que excitam e até elevam a auto-estima em um sussurrante: Gostoooooso! Garanhão! Poderooooso!

Se não quiserem a boneca inteira, existem boquinhas, mãozinhas e milhares de acessórios como cartas de baralho, revistas e filmes pornográficos, para estimular e sustentar sua atividade sexual com toda qualidade.

Para elas, o mercado oferece infinitamente mais produtos e é impressionante, como as mulheres consomem muito mais que eles dentro deste segmento. Estão cada dia mais sozinhas e nem importa se por opção ou não. O fator que influencia neste caso é a dificuldade de elas usarem o mercado da prostituição. Ainda estão inibidas quanto a esta opção que de fato é bem mais arriscada.

Não vamos falar aqui dos milhares de recursos que elas usam para conquistar e manter o homem que as interessam ou que matem esta ilusão, isto não vem ao caso agora, embora seja o grande filão das sex shop com o batido e falso jargão “agarre já o seu homem”.  Vamos falar dos brinquedinhos que oferecem a mulher sozinha todo o prazer que ela merece e admite sentir, agora que descobriu que pode. Já se foi o tempo em que uma mulher enlouquecia por falta de sexo. Já ouviram a palavra histeria? Os hospícios eram lotados de mulheres histéricas. Ninguém mais liga se não tem namorado, se a paixão acabou, se o maridão não quer mais saber da brincadeira. Elas estão escolhendo, entre alguém que vale a pena, que não vai prejudicar em nada a sua vida ou viver a sua sexualidade sozinha.

Se o que falta são carícias, existem produtos que esquentam e gelam livros que levam a imaginação quase ao ápice da sensação, filmes eróticos e românticos e com a dose certa de pimenta para o feminino. Linguinhas de silicone macias e movidas por um motorzinho com várias velocidades para usar onde nasce o arrepio.

Dos vibradores, nem preciso falar. São tantos de tantas formas, cores, texturas… Para as mais taradinhas, existem os mini vibradores chamados “borboleta”, que podem ficar no local o dia todo. Usem a imaginação.

Entre os pênis artificiais, tem para as corajosas e para as medrosas. São perfeitos. Tem com vibrador e tem até com motor que simula as penetrações. Parecem humanos, com pele macia e com tons de pele branca e negra. É demais.

Travesseiros para dormir de conchinha, que gracinha. Sai pra lá solidão.

As pessoas que não estão a fim de dividir seu tempo, seu corpo e sua intimidade com alguém, não precisam mais se angustiar ou o que ainda seria pior, que é se revoltar contra tudo e contra todos. Com esta grande oferta de brinquedos eróticos dá pra todo mundo se cuidar de maneira saudável, sem riscos e ainda contribuir com a paz no mundo.

Vale tudo por um estado de calma, por um sorriso no rosto, por um sono gostoso e pela espera por dias melhores para quem gosta de amar.

Vale a pena se amar.

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